segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal




Poetisa Rosa Maria (9 anos)

Era véspera de natal
O silêncio era total
Tudo naquela casa é muito especial
Todos tinham um sonho legal
Nesse mesmo instante aparece um animal
Tão colorido que parecia a aurora boreal
Que era tão bonito, tanto quanto o natal.

Obs.: Fiz algumas correções de palavras e pontuação.

O original foi assim:


Era véspera de natal o silensio
era total tudo naquela casa
é muito especial todos tinham
um sonho legal nesse mesmo instante
aparece um animal tão colorido
que parecia a aurora boreal
que era tão bonito tanto quanto o natal.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

As Chagas da Pós-graduação





Meu nome é Fabiano
Eu vou passar com fervor
Passos sofridos e árduos
Que servirão sem temor
A qualquer estudante
Que quer ser pesquisador.

Em primeiro vem a idéia
Não seja complicada
Pensar em algo novo
Que não seja copiada
Ética e relevante
Que possa ser aplicada.

As novas idéias vêm
Algumas muito boas
Outras são complicadas
Algumas ficam a toa
Até que lhe aparece
Aquela idéia que voa.

O projeto de pesquisa
É uma importante etapa
Orgulhoso professor
Bota o aluno na chapa
Aquele que não fizer
Merece levar tapa.

E agora sem demora
Vem a faze da escolha
Chega a hora do projeto
Alguns parecem cebola
Outros seriam abacaxi
Mas nada de taparolha.

O projeto tem de tudo
Método e estatística 
Termo e autorização
Mas a casuística
Faz o discente pensar
Querendo ser estadista.

O projeto possui partes
Escreve-se que dá dó
Todas são importantes
Que a cabeça dá um nó
Não fosse o orientador
Seria um forró bodó.

Depois de terminado
E com orientador
Fica tudo meio bom
Projeto diminui a dor
É muita ansiedade
Mas pouquíssimo andor.

O orientador sem pena
Parece um valentão
Exige que se conserte
Deixando o aluno na mão
Parece que tudo mexe
E deixa o aluno bobão.

O projeto termina
E vai aquela comissão
Analisa a ética
Deixa tudo no chão
Quando menos se espera
O aluno recebe não.

Quando o fato acontece
É chorar e ranger dentes,
Mas afinal que fazer?
Recomeçar valente
Para quando terminar
O aluno se sentir gente.

A comissão de ética
Faz nova avaliação
Parecem o satanás
Querendo uma  humilhação
Mas quando tá perfeito
Não podem recusar não.

Projeto assim aprovado
Começa com seleção
Díficil encontrar gente
Para participação
Quando o sujeito aparece
Está feita a seleção.

Os sujeitos ajudam
A pesquisa começou
Parece que todos andam
Ninguém ainda parou
O aluno fica aflito
Só Jesus que ajudou.

A faze da coleta
Mais parece um terror
Mas a pesquisa vai
Comanda o orientador
Todo mundo socorre
Até mesmo o computador.

Quando termina a coleta
Começa outra faze
Onde está o estatístico
Parece espaçonave
O aluno fala algo
O estatístico põe craze.

Os dados coletados 
Ganham um tratamento
O discente maroto
Inicia o polimento
Aquele que não fizer
Parecerá um jumento.

O melhor está por vir
Ai começa a escrever
Mas tudo com cautela
O orientador quer ver
E o discente entrega
Agora é só com prazer.

O orientador quer ler
Com muita calma e cautela
A redação das linhas
Parece garranchela
De tanto o aluno pegar
Parece manivela.

O orientador sofre
Pensa com calma e tensão
Chama o aluno de lado
Para uma conversação
Explica-lhe de tudo
E pede reconstrução. 

O aluno revoltado
Pensa logo em desistir
Mas é muito danado
Pára logo a refletir
Muda rápido o texto
Para ele poder partir.

O orientador aceita
O aluno fica feliz
Agora só falta a banca
Que deixa o aluno no triz
Sofrimento nunca acaba 
Parece um chafariz.

Banca agora formada
Aluno no seu melhor
Começa a explicar tudo
Toda platéia com dó
A pesquisa foi boa
Mas a banca dá um nó.

O momento da defesa
Mais parece uma agonia
Aluno sabido e esperto
Leva na maior anarquia
Professores da banca
Não fazem zombaria.

Aluno vai pra berlinda
Começa a jogatina
Aluno responde tudo
Mas parece sabatina
É como dia de domingo
Com padre e sua batina.

A banca se reune
Todo mundo na tensão
Não se sabe ao certo
Pra que tanta confusão
O aluno fica nervoso
E o orientador com tesão.

Pais, colegas e irmãos
Os professores de curso
Sentam-se para ouvir
Quem parece urso
Todos ficam encantados
Com um lindo discurso.

Momento da grande nota
Aluno nervoso na hora
Orientador na tensão
Todos falam sem demora
Aluno com aflição
Mas o dia é de vitória.

A vitória foi bonita
Parece que terminou
O aluno quer descansar
Agora que começou
O professor lhe explica
Ele ainda não publicou.

Escreve o manuscrito
Com à dificuldade
Faz tudo muito difícil
Parece na faculdade
No final fica bonito
E acaba a crueldade.

A revista científica
Critica, processa e envia
O aluno muito carente
Aguarda com fidalguia
Depois de muito tempo
Um parecer resolvia.

Envia o manuscrito
Ninguém quer aceitar
Trabalho foi bonito
Mas falta finalizar
Quando menos espera
Aceita pra publicar.

Terminou esta etapa
Da sua pós-graduação
Aluno fica feliz
Orientador babão
Ninguém advinha ao certo
Quem fica com mais tesão.

Se você já deseja
Ser grande pesquisador
Este será seu destino
Enfrente sem temor
Levante sua cabeça
Faça isso com seu amor.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

CORDEL DO CONGESTIONAMENTO


CORDEL DO CONGESTIONAMENTO


O político honesto
Quis ao povo facilitar
Com redução do imposto
Pra carros o povo comprar.
Não seria mais uma forma
Do nosso voto pleitear?

Pedestre com dinheiro
O carro foi lá comprar
Fácil de toda forma
Qualquer veículo levar.
Passando pouco tempo
Começou a congestionar.

Agora nossas cidades
Tão em trágica situação
Carro pra todo lado
Será imensa a confusão.
O tempo vai passando
Não aparece a solução.

Nosso transporte público
Foi sofrimento e pavor
Em número reduzido
Trouxe pânico e temor
Já não bastasse assalto,
É coisa de sofredor.

Carros em demasia
Parece sem solução
Se os governantes quiserem
Haverá transformação.
Melhorar nosso transporte
Público com nossa sorte
Será nossa salvação.

Seja por cima ou por baixo
Da terra onde se anda,
O povo só obedece
A vontade de quem manda
Só poderá reclamar,
Ficar de pé sem sentar
Até que isso vire samba.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Apelo




Arte no Brasil é assim!
Pouco se valoriza
O povo no seu canto 
Sempre desumaniza
Nosso capitalismo
Só criando suicida.

Faço aqui gesto de apelo 
Aos nossos governantes:
- A população ajudem
Deixar de ser ignorantes
Cultura é também saber
Mesmo que massificante.

A ajuda que aqui existe
Ainda é muito pequena
Tem muito bom artista,
Tanto, que faz uma pena
Por que não dar uma chance
Mesmo que pra fazer cena.


Mal comecei na arte
Já sinto a coisa indo
Não sei bem para onde
Mas parece que caindo.
Eu gostaria muito mesmo 
Do fundo do meu desejo
Que estivesse subindo.