terça-feira, 30 de julho de 2013

A Divina Comédia em Cordel - Stélio Lima



O autor do cordel é Stélio Torquato Lima. Ele nasceu em Fortaleza, é professor de Teoria Literária da Universidade do Estado Rio Grande do Norte e doutor em Literatura Brasileira. Verteu grande obras da literatura mundial para a poesia de cordel publicados pela Editora Queima-Bucha.  

A obra "A divina Comédia" foi escrita por Dante Alighieri e descreve uma viagem imaginária de Dante pelo Inferno, Purgatório e pelo Paraíso. 

...

Terminada a travessa 
E recobrado o siso
Dante cobra de seu guia
A ida ao Paraíso.
Que outro o guiaria
Sem que houvesse prejuízo.

Ao notar quem ia ser
Seu guia ao bom país,
Dante não pode conter
O quanto estava feliz:
Seria o seu bem-querer
Cuja morte o fez sofrer:
A saudosa Beatriz.

E assim, pro alto do céu
Beatriz o conduziu.
Ela era seu troféu
Um jardim que lhe floriu.
Era ela o doce mel
E ele um menestrel
Cuja musa lhe sorriu.

Os sete céus visitou
Também viu de Deus a face.
Com tudo se encantou
Até vir o desenlace.
Pois a viagem acabou
Apesar que desejou
Que ela nunca terminasse.

Também aqui finalizo
Este meu relato terno
Da viagem ao Paraíso,
Ao Purgatório e Inferno
Que Dante fez de improviso,
E que agora sintetizo
Para meu leitor fraterno. 

O email do autor é profstelio@bol.com.br. Quem desejar adquirir o cordel entre em contato com queimabucha@uol.com.br. 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

2013 - QUANDO O POVO ACORDOU

 
Desenho de Alexa Dias - 2013
 
Cordel dedicado a IsaTenório
 
Obs.: Quando escrevo "meu querido"  me refiro ao meu leitor
 
Isa vá dando licença
Com você não quero encrenca
Nem estremecer sua crença
Por ser um bom brasileiro.
Mas a política danada
Mandando desenfreada
Fazendo sempre cagada
Olhando para o dinheiro.
 
Veja você meu querido
Este povo bem sofrido
Não por isso desvalido
Por ser um bom brasileiro.
É um povo bastante forte
Seja do sul ou lá do norte
Que nunca teve boa sorte
Com os seus politiqueiros.
 
Veja agora a situação
Que abalou toda nação
Ficando de prontidão
Por ser um bom brasileiro.
Se existe sacanagem
Por causa da ladroagem
Deixando o povo selvagem
Reclamando por inteiro.
 
Não soube de quem ficasse
Nem aquele que se atrasasse
Para resolver o impasse
Por ser um bom brasileiro.
Todo mundo foi pra rua
Batalhando pela sua
Dignidade nua e crua
Querendo ser justiceiro.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Homenagem a Roberta Ribeiro Marques Brandão

Os anestesistas possuem
Uma honrosa sociedade
Chamada de brasileira
Nascida com honestidade
Distribui titulação
A quem fizer petição
Não fazendo caridade.

Para o sócio conseguir
A grande titulação
É preciso ter paciência
Prática e dedicação
Estudando com alegria
A prática do dia-a-dia
Com um bom livro na mão.

Uma alagoana tentou
Este título alcançar
Sentindo-se apreensiva
Na incerteza do passar
Esta comemoração
Roberta Marques Brandão
Com certeza iria lograr.

Eu nunca lhe duvidei
Deste grande potencial
Que Roberta apresentou
Desde o tempo maternal
Agora que já passou
Alagoas se alegrou
Deste ato monumental.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

História da Rainha Esther


Arievaldo Viana

Parte III

Disse o rei: - Vá sossegada
Por certo, não faltarei
Ao banquete que darás
Como sem falta eu irei
E o Primeiro Ministro
Em breve convidarei.

Ester não disse mais nada
Tratou de se retirar
Chamou as suas criadas
Foi depressa preparar
O banquete que em breve
Ela haveria de dar.

No outro dia Aman
Pelo rei foi convidado
Porém, como ignorava
O que estava preparado
Compareceu orgulhoso
Bastante lisonjeado.

Na presença do ministro
Assuero perguntou
Diz-me agora, ó rainha
Por que razão me chamou?
Então Ester decidida
Por esta forma falou:

- Majestade eu tenho a honra
De ser a tua consorte
Porém a mão do destino
Quer turvar a minha sorte
Porque o meu próprio povo
Está condenado à morte!

Diz o rei: - Quem concebeu
Este plano tão malvado?
Por que motivo o teu povo
À morte foi condenado?
Disse ela: Foi Aman
Ele é o grande culpado!

Pois este homem se julga
Acima do próprio Deus
Quer que todos se ajoelhem
E cumpram os desígnios seus
Por isso ele planeja
Exterminar os judeus.

Quando ela disse aquilo
Aman não pôde falar
Tremia ali de pavor
Sem puder se explicar
E o rei indignado
O mandou encarcerar.

No outro dia Aman
À morte foi condenado
Na forca que ele havia
Pra Mardoqueu preparado
Por um capricho da sorte
Foi nela própria enforcado.