terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Feliz ano novo - 2015





Ó, Jesus Cristo querido
Um ano novo nos espera
Eu quero mudar de rumo
Transformar-me numa fera
Para poder criar cordel
Cuja imaginação espera.

Às vezes fico pensando 
Como é difícil criar
A prosa, o conto e as poesias
Coreografia pra dançar
Para tudo que for arte
Alguém tem que começar.

E nosso lindo cordel
Será que algum santo ajeita?
Ou será que sai na doida,
Que qualquer coisa se enfeita?
Espero que este ano novo
Me mostre nova receita. 

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Não sei, só sei que foi assim! - Doutor do ABC

Homenagem ao meu filho RAFAEL JOSÉ por sua formatura no ABC




Não sei, só sei que foi assim!

A nossa história começa
Quando a criança vai à escola
Ela não sabe se vai
Enriquecer sua cachola
Se ela vai ficar com fome
Ou se vai comer mariola.

É desconhecido pra ela
O que vai encontrar na frente
Se é um feio bicho papão
Ou mesmo se lá tem gente
Se a professora é linda ou
Se tem cara de serpente.

Quando ela chega ao local
Encontra um lugar lindo
Cores pra todo lugar
Pessoas ali lhe sorrindo
Músicas pra ser feliz
Seu medo vai diminuindo.

A criança que nunca foi
Entra bem de vagarinho
Vê tudo bem desconfiado
Coração apertadinho
Com a mamãe bem do seu lado
E com se pai agarradinho.

A criança pensa logo
Que não vai chegar àquela hora
De sair dali correndo
Porque não é onde ela mora
Sua mãe lhe faz uma careta
Depois se olham, tudo chora.

Chora o pai, chora sua mãe
Depois vira um desespero
Não há quem faça se acalmar
Nem quem acabe este tempero
A tia da sala vem triste
Se aproxima, lhe dá um cheiro.

O amiginho do seu lado
Também vai ficar chorando
Os dias vão se repetindo
Amizade vai formando
Até que um dia percebe
Que outra família foi achando.

A amizade fica grande
Que após o amanhecer do dia
A criança não pensa mais
Que vai achar ali tirania
Passa a ficar esperando
Pra ver seus amigos e sua tia.

E assim vai se passando
O tempo do maternal
As crianças ficam amiguinhas
Com carinha angelical
As férias mandam pra casa
Para a tristeza geral.

O ano novo da escola
Vai logo recomeçar
Os meninos ficam ansiosos
Para sua escola voltar
Desaparece a tristeza
Nem espaço para chorar.

Agora o momento deles
É um pouco diferente
Aparecem outros brinquedos
Eles ficam intransigentes.
Brigas entre amiguinhos
A tia diz: - Que é isso, gente?

Todo brinquedo é uma briga
A tia vai sempre dizendo:
- Meninos, que briga é essa?
O que vocês tão fazendo?
Vocês são todos amiguinhos
Não podem ir se batendo.

Mas as briguinhas continuam
Não parecem ter um fim
A tia fica preocupada
Achando tudo ruim
Só se Deus lhe mandasse
Ajuda de um querubim.

As brigas vão se acalmando
Chega a faze do que é o que é!
As crianças vão descobrindo
Tudo que está no seu pé
O saber vai se chegando
Como uma onda de maré.

As crianças perguntam: - O que é
Alegria, satisfação,
Pai do ceu, Jesus, Maria,
Amor, amizade, perdão,
Escola, parque de areia
Caridade, o bem e a oração.

O tempo vai se passando
Eles vão para outra tia
Que lhes acolhe com carinho
Conduzindo-os com maestria
Os alunos que vão crescendo
Crescem com sabedoria.

Um ano novo vai chegando
Começam suas atividades
São tantas que nem me lembro
De muita criatividade
Atenção total pra tudo
Com muita perplexidade.

Vamos formar uma turminha
Para novas estórias ouvir
Rapunzel, Branca de neve
Curupira, Iara, Saci
Dona Benta, vó Anastácia
São tantas que não dão aqui.

Quando a estória termina
É como se fosse inglês
Apesar de tudo ouvirem
Com bastante nitidez
Falam com força no peito:
- Tia, tia, conte mais uma vez!

A idade vai se passando
E crescem como seu pai
As crianças ficam sabidas
Ficando lindas demais
As meninas com as bonecas
Chamadas de Monster High (pronuncia: monster rai).

O menino vai crescendo
Parece um rapazola
Brincando de tudo um pouco
Só não pode usar pistola
Com roupa sua de super-homem
Correndo e jogando bola.

De repente vem algo novo,
Surge uma nova criatura
Dentro da mesma criança
Bonito como pintura
As letras são admiradas
Começam a fazer a leitura.

Letra para todo lado
Com muita interpretação
Um mundo cheio de aventuras
Aumenta a inspiração
A leitura é quem comanda
Esta tal revolução.

Vão lendo, lendo e relendo
Achando a letra bonita
Com lápis e papel na mão
Alegrando quem acredita
Aprendendo cada letra
No processo da escrita.

Assim vai surgindo neles
Sua jornada de escritor
Começando no ABC
Com trabalho e com rigor
Ainda como criança
Termina e forma doutor.


A gente fica pensando
No aprender deste “povim”
Com o pensamento de dúvida:
Será, que pra eles foi ruim?
Como foi que isso se deu?
Não sei, só sei que foi assim!


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Dalinha Catunda - Picão Roxo



Dalinha é muito esperta
Não deixa transparecer
Que esta estória de picão
Não é fácil de esclarecer
Ela fala e não escorrega
Numa coisa que não nega
Que se gosta de esconder.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Novembro Azul





A campanha no Brasil
Que acabou ganhando fama
Ficou uma coisa linda
Não é de se jogar na lama
Nomeada por Outubro Rosa
É contra o câncer de mama.

O homem foi desassistido
Ficando de norte a sul
Vendo por televisão
Da América a Istambul
Foi de Maceió que veio
O amado Novembro Azul.

Foi na praia de Pajuçara
Que começou este evento
No começo foi fraquinho
Depois grande movimento
Não ficando esta data
Para nosso esquecimento.

Os profissionais de lá
Arrumaram bem o lugar
Pra receber também os homens
E assim recepcionar
Todo mundo com destreza
Sem ninguém pra atrapalhar.

Foi dentro de uma barraca
Num domingo que fez sol
Escolheram um lugar
Destacaram com lençol
Ficando em reservado
Tal um ninho e seu rouxinol.

Neste lugar bem apertado
Foram os homens ali entrando
Entravam lá desconfiados
Saindo de lá cantando
Devido ao exame de próstata
Que sem pagar saiam lucrando.

Neste mês a fila aumentava
Na cidade de Maceió
Era tanto homem por lá
Que chegava até dar dó
De tanto exame ali feito
Com dedadas no fiofó.

Um domingo depois do outro
Todo mundo lá sem pena
Parecia uma doença ruim
Daquela que se condena
Pense com que se parece
Como quadro de cinema.

Uma coisa muito estranha
A fila lá só crescia
Nunca houve tanta vitória
Um troféu isto merecia
Era tanto homem no mundo
Que uma festa perecia.

Por ter se dado este fato
Uma dúvida ficou:
Será que este interesse
Só agora manifestou?
Ou será que outro motivo
Que a campanha revelou?

É uma dúvida cruel
Que não pude resolver,
Mas também como é que pode
Tanta gente câncer ter?
Ou será curiosidade
Para tanta fila haver?

Outra coisa não pensei
Nem passou pela cabeça
Para não pensar em nada
Que minha fé se estremeça
Vamos deixar isso pra lá
Quem quiser por lá apareça.