terça-feira, 26 de setembro de 2017

O ancião e a corsa - Parte I

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A estória vem do Marrocos 
Trazendo sabedoria  
Falando sobre mulher
Ciúme, ódio, feitiçaria 
Amor de pai, sofrimento
E a morte por tirania. 

Hamid estava num bar 
Esperando um grande amigo 
Que, para fazer negócios,
Passou um tempo sumido 
No retorno trouxe uns cães 
Cabisbaixos sem latido.

Este misterioso amigo,
Deve o leitor conhecer,
Era o dono dos cães negros 
Que sentou para dizer 
A estória da sua família 
O que lhe foi acontecer.

Depois de ouvir com atenção
À estória de sofrimento 
Hamid resolveu contar 
Todo seu padecimento 
Iniciando pela busca 
De mulher pra casamento.

Era rico de nascença
Do comércio faturava 
Mas mulher não conseguia 
Em toda casa que andava
Pagaria qualquer dote 
Desde que fosse educada.

Depois de andar pelo país 
Procurando por uma esposa
Ele achou uma jovem que 
Tinha um olhar de mariposa 
Sorriso dissimulado 
Astúcia de uma raposa.

Resolveu lhe apresentar
A quem fosse sua amizade
Achando a mulher perfeita 
Que vivia da honestidade 
Os amigos no contraponto 
Viam esperteza e falsidade.

Como não adianta falar 
A quem esteja apaixonado 
E conversa da amizade 
Não entra em coração fechado,
Com menos de trinta dias
Já se fazia um homem casado. 

Depois de um tempo casado 
Vivendo a felicidade 
Começou a esperar por filhos 
Por falta de novidade 
Apesar das tentativas 
E por horas de atividade.

Os filhos não apareceram 
Para alegrar o coração 
Hamid sugeriu a cônjuge 
Uma nova solução 
Casar - se com outra mulher
Defendia a constituição.

Resolveu iniciar uma busca 
Em baixa classe social 
Por pessoa que fosse humilde 
De alegria descomunal 
Que aceitasse a situação 
Sem pensar no bacanal.

E depois de certo tempo
Achou mulher que aceitasse 
O fato de ser casado
E com isso não incomodasse 
Não era para falar bem
Apenas que engravidasse.

A mulher ouviu tal proposta 
Aceitou sem ter noivado 
O casório foi com festa 
Na primeira foi gerado
Esperou por nove meses
Nasceu o menino esperado.

A primeira mulher dele
Fez as vontades do marido 
Por fora se via alegria 
Pelo que foi acontecido
Por dentro era só rancor 
Com seu coração partido.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

A morte


Encantado com um cordel
De repetente pensei em morte
Presente na sina do homem
E se pode ser uma sorte
Do pensar uma reflexão 
Percebi uma conclusão
Para a vida, este é o norte.

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A morte não tem respeito
Por nenhuma autoridade
Juiz, promotor, ministro
Quem tiver notoriedade
Para qualquer ser vivente
Trata todos como gente
Imparcial será sua igualdade.

E quem pensa que viveu
Tome ai muito cuidado
Idade não põe respeito
À morte com seu cajado
Bebê, criança, adolescente
Ou velho remanescente
Uma hora será lembrado.

Se estiver sadio e passeando
Ou no leito de uma cama
A morte faz companhia
A sentença ela proclama
Leva sem pena quem quer
De jeito que estiver
Na escolha ela não se engana.

O lugar pode ser lindo
A alegria ser sonora
Leva ela qualquer sujeito
Sem demanda e sem demora
Seja um grande vencedor
Ou da vida perdedor
Ela leva a vida embora.

A certeza dessa vida
É que um dia se irá morrer
Se muito você viveu
Ou se havia para vencer
Para a morte ninguém importa
Aproveite a vida torta
Agradeça ao amanhecer.

De tudo já se tentou
Para a morte ser evitada
Reza, fé, feitiçaria
Até ciência organizada
O mapeamento genético
Até levar choque elétrico
Mas tudo resultou em nada.

Então que a sorte se tenha
E que venha a desgraçada
No momento que aprouver
Quando for na hora marcada
O desejo é que demore
Que a vida a gente explore
E pelo amor seja guiada.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Ofereço a minha melhor aluna de tutoria

Alunos em tutoria
Fazendo uma discussão
Barulho descontrolado
Lá no meio da falação
Alguém pergunta baixinho:
- Professor, estou o caminho?
A todos chamou atenção.

Estava tudo correto
Em nada contribui
Percebendo uma certeza
Em cada frase que ouvi
Disfarçando com meu olhar
Sem querer lhes atrapalhar
No silêncio me escondi.